Curitiba, 13 de novembro de 2025, escrito por Gilson Rodrigues. Quando uma situação de emergência acontece, saber qual tipo de ambulância chamar pode fazer toda a diferença no atendimento médico. A ambulância básica, também conhecida como Tipo B, é um veículo equipado para fornecer suporte básico de vida e transporte seguro de pacientes que não precisam de procedimentos médicos complexos durante o trajeto. Ela representa uma das opções mais utilizadas no sistema de saúde brasileiro para diversas situações de urgência.
Muitas pessoas não sabem que existem diferentes tipos de unidades móveis de emergência, cada uma com equipamentos e funções específicas. A ambulância básica atende a uma grande variedade de casos, desde transportes simples até emergências que requerem cuidados iniciais. Para quem busca ambulância particular, entender as características deste tipo de veículo é fundamental para tomar a decisão correta.
Este guia completo vai explicar tudo sobre a ambulância básica, desde seus equipamentos e estrutura até as situações em que ela deve ser utilizada. Você também vai descobrir como funciona a equipe profissional, os processos de atendimento e as principais diferenças entre os tipos de ambulância disponíveis no mercado.
O Que É Ambulância Básica

A ambulância básica é um tipo específico de veículo médico usado para transporte e atendimento inicial de pacientes. Este veículo possui equipamentos essenciais para suporte à vida e atende emergências de baixa a média complexidade.
Definição e Características
A ambulância básica, também conhecida como ambulância tipo B, é um veículo destinado ao transporte inter-hospitalar e atendimento pré-hospitalar. Esta categoria atende pacientes com risco de vida desconhecido ou estável.
O veículo conta com equipamentos fundamentais para o suporte básico à vida. Entre os itens obrigatórios estão:
- Maca para transporte
- Cilindros de oxigênio
- Desfibrilador semiautomático
- Kit de vias aéreas
- Materiais para curativos
- Medicamentos básicos
A tripulação é formada por técnicos em enfermagem e condutores treinados. Eles podem realizar procedimentos como ventilação, imobilização e controle de hemorragias.
Diferença Entre Ambulância Básica e Outras Categorias
Existem diferenças importantes entre os tipos de ambulância disponíveis. A ambulância tipo A é mais simples e transporta apenas pacientes eletivos sem risco.
A ambulância de suporte básico (tipo B) possui mais equipamentos que a tipo A. Ela atende emergências e pode realizar procedimentos de estabilização inicial.
Já a ambulância tipo C conta com médico na equipe. Ela oferece suporte avançado de vida com medicamentos e procedimentos mais complexos.
A ambulância tipo D é uma unidade móvel de terapia intensiva. Possui equipamentos hospitalares completos para casos críticos.
A Importância no Atendimento Pré-Hospitalar
O atendimento pré-hospitalar com ambulância básica salva vidas diariamente. Este serviço garante primeiro atendimento rápido em emergências médicas.
A velocidade no atendimento é crucial para o sucesso do tratamento. A ambulância básica chega rapidamente ao local e estabiliza o paciente para transporte.
O transporte médico adequado evita complicações durante o trajeto. Os equipamentos básicos mantêm funções vitais até a chegada ao hospital.
Este tipo de ambulância atende a maioria das emergências urbanas. Casos como infartos, acidentes e quedas recebem atendimento eficaz com estes veículos.
Equipamentos e Estrutura da Ambulância Básica

A ambulância básica possui equipamentos essenciais para primeiros socorros e transporte seguro de pacientes. Ela conta com sistemas de monitoramento básico, materiais de suporte à vida e equipamentos de comunicação necessários para atendimentos de emergência.
Equipamentos Essenciais
A maca é o equipamento principal da ambulância básica. Ela permite o transporte seguro do paciente e possui rodas para facilitar o movimento.
Cilindros de oxigênio são obrigatórios em todas as ambulâncias básicas. Eles fornecem oxigênio suplementar para pacientes com dificuldades respiratórias.
Kits de primeiros socorros incluem:
- Bandagens e gazes esterilizadas
- Medicamentos básicos
- Imobilizadores cervicais
- Talas para fraturas
Equipamentos de emergência básicos como máscaras de oxigênio e bolsa-válvula-máscara ajudam nos procedimentos de emergência. Estes itens são fundamentais para manter as vias aéreas abertas.
Desfibriladores externos automáticos podem estar presentes em algumas ambulâncias básicas. Eles ajudam em casos de parada cardíaca súbita.
Sistemas de Monitoramento e Segurança
O monitoramento básico inclui aparelhos para medir sinais vitais. Termômetros, esfigmomanômetros e estetoscópios são equipamentos padrão.
Alguns modelos possuem monitores cardíacos simples. Estes equipamentos mostram o ritmo do coração do paciente durante o transporte.
Sistemas de segurança incluem:
- Cintos de segurança para pacientes
- Fixadores para equipamentos
- Luzes de emergência
- Sirenes
As ambulâncias básicas não possuem ventiladores mecânicos ou bombas de infusão. Estes equipamentos estão disponíveis apenas em ambulâncias de suporte avançado.
Materiais de Suporte à Vida
O suporte básico à vida inclui equipamentos para manter as funções vitais do paciente. Máscaras faciais conectadas ao sistema de oxigênio ajudam na respiração.
Bolsas de ventilação manual são usadas quando o paciente não consegue respirar sozinho. O técnico de enfermagem usa este equipamento para fornecer ar aos pulmões.
Materiais básicos incluem:
- Cânulas orofaríngeas
- Soro fisiológico
- Luvas descartáveis
- Álcool em gel
Colchão de vácuo ou prancha rígida ajudam na imobilização de pacientes com suspeita de lesão na coluna. Estes equipamentos evitam movimentos perigosos durante o transporte.
Meios de Comunicação e Sinalização
Sistema de rádio conecta a ambulância com a central de emergências. Este equipamento permite comunicação constante durante o atendimento.
Equipamentos de comunicação:
- Rádio VHF/UHF
- Telefone celular
- Sistema GPS
Sinalizadores visuais incluem luzes estroboscópicas azuis e vermelhas no teto. Elas alertam outros motoristas sobre a emergência médica.
Sirenes eletrônicas produzem diferentes tipos de sons. Elas são usadas para abrir caminho no trânsito durante procedimentos de emergência.
Refletores e faixas reflexivas aumentam a visibilidade da ambulância. Estes itens são importantes para a segurança da equipe e do paciente.
Equipe Profissional e Suas Funções
A ambulância básica conta com uma equipe mínima de dois profissionais especializados em atendimento de emergência. Cada membro tem funções específicas que garantem o transporte seguro e os cuidados imediatos aos pacientes.
Técnico de Enfermagem e Enfermeiro
O técnico de enfermagem é o profissional responsável pelos cuidados imediatos durante o transporte. Ele realiza procedimentos básicos como verificação de sinais vitais e administração de oxigênio.
Principais funções:
- Avaliação inicial do paciente
- Controle de sangramentos
- Imobilização de fraturas
- Monitoramento de sinais vitais
O técnico também auxilia na estabilização de pacientes em estado crítico. Ele trabalha seguindo protocolos médicos estabelecidos para cada tipo de emergência.
Em algumas situações, um enfermeiro pode integrar a equipe básica. O enfermeiro possui formação superior e pode executar procedimentos mais complexos que o técnico de enfermagem.
Socorrista e Motorista
O condutor-socorrista tem dupla função na ambulância básica. Além de dirigir o veículo, ele atua como socorrista durante o atendimento.
Durante o transporte, o motorista deve:
- Manter velocidade segura
- Comunicar-se com a central de emergência
- Auxiliar nos procedimentos quando necessário
Qualificações obrigatórias:
- Carteira de habilitação categoria D
- Curso de direção defensiva
- Treinamento em primeiros socorros
- Capacitação em suporte básico de vida
O socorrista também ajuda na retirada e colocação do paciente na ambulância. Ele conhece todos os equipamentos do veículo e sabe como utilizá-los.
Capacitação e Treinamento
Todos os profissionais da ambulância básica passam por treinamento específico. A capacitação inclui técnicas de suporte básico de vida e protocolos de atendimento.
O treinamento aborda:
- Reanimação cardiopulmonar
- Controle de vias aéreas
- Imobilização de coluna
- Uso de equipamentos médicos
Os profissionais recebem atualizações regulares sobre novos procedimentos. Eles também treinam trabalho em equipe para melhorar a coordenação durante emergências.
A capacitação garante que técnicos de enfermagem e socorristas estejam preparados para diferentes situações. Este preparo é essencial para a estabilização de pacientes até chegarem ao hospital.
Processos de Atendimento e Transporte
O transporte de pacientes em ambulância básica segue protocolos específicos que garantem segurança e cuidados adequados. A equipe deve estar preparada para estabilizar o paciente e aplicar primeiros socorros quando necessário.
Transporte Seguro do Paciente
O transporte seguro de pacientes exige planejamento cuidadoso antes de sair do local. A equipe verifica se o paciente está adequadamente fixado na maca com cintas de segurança.
Procedimentos essenciais durante o deslocamento:
- Manter velocidade constante e evitar freadas bruscas
- Comunicar-se com o hospital de destino
- Monitorar continuamente o estado do paciente
- Verificar equipamentos de segurança regularmente
O motorista deve ter treinamento específico para condução de ambulâncias. Ele precisa conhecer as rotas mais seguras e rápidas para cada hospital da região.
A cabine do paciente deve permanecer organizada e limpa. Todos os equipamentos ficam fixados em locais apropriados para evitar acidentes durante o transporte.
Estabilização e Cuidados Imediatos
A equipe de ambulância básica realiza estabilização inicial do paciente antes e durante o transporte. Os primeiros socorros incluem controle de sangramento, imobilização de fraturas e administração de oxigênio quando necessário.
Cuidados básicos aplicados:
- Verificação de sinais vitais
- Posicionamento adequado do paciente
- Controle de dor com métodos não invasivos
- Manutenção das vias aéreas desobstruídas
O atendimento rápido é fundamental para pacientes com quadros que podem se agravar. A equipe monitora respiração, pulso e nível de consciência durante todo o trajeto.
Equipamentos básicos como oxímetro e aparelho de pressão auxiliam no monitoramento. A comunicação constante com o paciente ajuda a avaliar seu estado de consciência.
Protocolos Durante o Transporte
Os protocolos estabelecem diretrizes claras para cada situação encontrada durante o transporte. A equipe segue procedimentos padronizados que garantem qualidade no atendimento.
Protocolos principais incluem:
- Comunicação com central de regulação
- Registro de sinais vitais em intervalos regulares
- Procedimentos em caso de emergência no trajeto
- Preparação para transferência no hospital
A documentação adequada registra todos os cuidados prestados durante o transporte de pacientes. Estas informações são essenciais para a continuidade do tratamento no hospital.
Em situações de emergência durante o trajeto, a equipe pode solicitar apoio de ambulância de suporte avançado. A comunicação rápida com a regulação médica orienta as condutas necessárias.
Situações de Uso da Ambulância Básica
A ambulância básica atende emergências de baixa complexidade e realiza transportes simples dentro do sistema de saúde. Essas unidades móveis também prestam cobertura em eventos e transferências entre hospitais.
Emergências Clínicas
As ambulâncias básicas respondem a emergências que não exigem procedimentos de emergência complexos. Elas atendem casos como mal-estar súbito, quedas sem fraturas expostas e crises de pressão arterial.
Principais situações atendidas:
- Desmaios e tonturas
- Dores no peito leves a moderadas
- Crises de ansiedade
- Ferimentos superficiais
- Náuseas e vômitos
Os técnicos de enfermagem realizam avaliação inicial dos sinais vitais. Eles aplicam primeiros socorros básicos durante o transporte médico.
A equipe monitora o paciente até chegar ao hospital. Casos que se tornam graves durante o transporte recebem suporte imediato disponível na unidade.
Remoções Simples e Transferências
O transporte médico entre hospitais representa uma função importante das ambulâncias básicas. Elas transferem pacientes estáveis que não precisam de equipamentos avançados durante o trajeto.
Tipos de transferências realizadas:
- Alta hospitalar para casa
- Transferência entre hospitais
- Transporte para exames
- Remoção de pacientes crônicos
- Retorno de consultas especializadas
As unidades móveis garantem segurança durante remoções de pacientes acamados. O sistema de saúde usa essas ambulâncias para otimizar o fluxo de pacientes.
Pacientes com mobilidade reduzida recebem assistência adequada. A maca e os equipamentos básicos asseguram conforto durante o transporte.
Eventos e Coberturas Especiais
Eventos públicos e privados contratam ambulâncias básicas para atendimento preventivo. Shows, competições esportivas e festivais mantêm essas unidades móveis de prontidão.
As equipes prestam primeiros socorros imediatos no local. Elas estabilizam vítimas antes do transporte para hospitais próximos.
Eventos que requerem cobertura:
- Jogos esportivos
- Shows e festivais
- Corridas e maratonas
- Eventos corporativos
- Concentrações públicas
O sistema de saúde coordena a distribuição estratégica dessas ambulâncias. Locais com grande concentração de pessoas recebem cobertura adequada.
Os procedimentos de emergência seguem protocolos estabelecidos. A resposta rápida evita complicações em situações de trauma leve ou mal-estar súbito.
Regulamentação, Normas e Diferenciação Entre Tipos de Ambulância
O sistema de saúde brasileiro possui regras específicas que definem os tipos de ambulância e seus equipamentos obrigatórios. A Portaria 2048 estabelece as diferenças entre ambulância tipo A, B, C e D, determinando quando usar cada uma conforme a necessidade do paciente.
Normas e Legislação para Ambulância Básica
A Portaria 2048/02 do Ministério da Saúde é o documento principal que regula os tipos de ambulância no Brasil. Esta norma define equipamentos, tripulação e estrutura necessários para cada categoria.
A ambulância tipo B deve ter equipamentos básicos como cilindro de oxigênio, prancha rígida e kit de parto. A tripulação mínima inclui um condutor e um técnico de enfermagem.
O Conselho Federal de Medicina também estabelece regras sobre procedimentos permitidos. Cada estado pode criar normas complementares que não contradigam a legislação federal.
As empresas de ambulância devem ter alvará da vigilância sanitária. O veículo precisa passar por vistoria anual e manter certificados de calibração dos equipamentos em dia.
Ambulância Tipo A, B, C e D: Principais Diferenças
A ambulância tipo A faz apenas transporte simples de pacientes conscientes. Não possui equipamentos médicos avançados nem profissionais de saúde obrigatórios na tripulação.
A ambulância tipo B atende emergências básicas e transporte inter-hospitalar. Tem equipamentos para primeiros socorros e oxigenoterapia, com técnico de enfermagem na equipe.
A ambulância tipo C oferece suporte avançado de vida com médico e enfermeiro. Possui ventilador pulmonar, desfibrilador e medicamentos para emergências cardíacas.
A ambulância tipo D é a UTI móvel para transporte de pacientes críticos. Tem equipamentos hospitalares completos como bomba de infusão e monitor multiparâmetros.
Ambulância de Suporte Avançado e UTI Móvel
A ambulância de suporte avançado (tipo C) realiza procedimentos médicos complexos durante o transporte. O médico pode intubar pacientes e administrar medicamentos endovenosos.
Estas ambulâncias atendem paradas cardíacas, infartos e politraumatizados graves. O equipamento inclui desfibrilador, ventilador e medicamentos de emergência.
A UTI móvel (tipo D) transporta pacientes em estado crítico entre hospitais. Possui todos os equipamentos de uma UTI hospitalar adaptados para o transporte.
O suporte avançado de vida exige equipe médica especializada. Enfermeiros devem ter treinamento em emergências e médicos precisam de experiência em terapia intensiva.
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